terça-feira, 18 de outubro de 2011

mas tem aquela hora que bate a tristeza...

e vem aquela imagem de tudo que foi ( constituído ) construído, virando pó, em frente à uma platéia que não pagou o ingresso, apenas invadiu o teatro, mas que, ainda assim, faz questão de ficar em pé e aplaudir, pra que seja notada.

eu não sou dono de ninguém.
eu nunca cheguei perto disso.

na verdade o mínimo que se esperava era respeito.
nada de consideração. nada de boas memórias. nada de sentimento.
apenas respeito.

mas enquanto alguns escolhem esperar, outros preferem agir.

eu acreditei no benefício da espera, e sei que Ele não vai me desapontar, agindo da maneira mais correta que se possa existir.


"eu já tinha desenhado a faxada.
já sabia até a cor do portão.
escolhido a raça do cachorro,
separado bagunça que ia pro porão.

sofás e panelas,
tapetes e janelas.
tudo estava pronto
só faltava eu me mudar.

mas o vento do destino,
mandou minha casa ao chão.
sem ressalva e sem abrigo,
me vi encoberto em papelão.

onde me escondo agora?
volto atras ou sigo em frente?
isso agora pouco importa.
já que o final vai ser diferente.

reconstruo minha casa.
pinto o muro de outra cor.
troco a raça do cachorro,
planto grama ao invés de flor.

faço trilha de pedrinhas
em formato de arpão
boto caco na parede
pra furar quem por a mão

a calçada com cerca elétrica
e camera no portão
tudo isso só pra afastar
quem matou meu coração"


:D

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