quinta-feira, 6 de agosto de 2009

como, eu não sei...

O mouse é preto, o mouse-pad é cinza, a mesa é branca, um notebook, papéis com anotações inúteis, jornais antigos, fichas de controle inutilzada, rabiscos.
Uma cadeira desconfortável, a mesa é alta demais, um pai, um gordinho, um vô, um irmão, um tio, uma prima distante. Uma moça. Sua casa, dois andares, três quartos, duas salas, em uma uma TV, em outra uma mesa, uma cadela, uma empregada, uma irmã, uma mãe.
Uma namorada, um sogro, uma sogra, cunhados, cunhadas, tios, tias, avós, cachorros, casas, apartamento. Nada para si, tudo para ele. Sem carro, dois carros, sem roupa, um guarda-roupa, sem casa, várias casas, sem vida, várias vidas. Uma vida depende dele, sua vida não.
Já passou da hora, e ela nem chegou. Ainda não é a hora e ela já está aqui.
Já era a hora, era a história, era a vida e ele nem tinha visto,
mas viveu.

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